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Que tempos são estes que estamos vivendo? Que costumes inaceitáveis ainda são praticados? Fica, às vezes, muito difícil falar em rumos da Educação em direção ao futuro quando se esbarra, no início, em aspectos contundentemente morais e não resolvidos da sociedade contemporânea. Parece que muita gente tem um certo receio de tocar no assunto. Eu não!
No passado, havia mais coragem para se dizer o que tem que ser dito. “A verdadeira lei está de acordo absoluto com a Natureza”, disse uma vez Marcus Tulius Cícero. “Não haverá dogmas diferentes em Roma ou em Atenas, ou diferentes princípios agora e no futuro, mas apenas uma eterna e imutável lei válida para todas as nações, em todos os tempos e haverá apenas uma regra, sobre todos nós, como único juiz. Desobedecer a isso será negar a natureza humana e sofrer as piores penalidades, além do que é comumente considerado punição”. Continuaria o austero, mas brilhante senador, em um dos momentos mais difíceis da República de Roma.
A que lei suprema se referia ele? À de Deus? Talvez, se a humanidade tivesse humildade suficiente e fosse capaz de entender, reconhecendo isso. Mas, ele era sábio o bastante para estar falando de algo - interno ao ser humano, incontestável e longe de quaisquer crenças. Estava se referindo a dogmas, princípios, leis naturais. Regra. De hábitos saudáveis, de condutas irrepreensíveis e de costumes compartilháveis. Prenunciava a diversidade e a interação de gente inteligente, madura e plena de dignidade.
Entretanto, nós estamos longe da inteligência: quando valorizamos, por exemplo, a falta de talento, escondida por padrões equivocados de beleza ou de riqueza material e premiamos sistematicamente a mediocridade; quando não conseguimos controlar um ardente desejo de ter, possuir bens além do necessário ou quando nos submetemos a valores ultrapassados e nos deixamos enganar por promessas vazias de supostos líderes, que fazem o mundo estar - permanentemente, em chamas de intermináveis disputas.
Precisamos amadurecer.
Estamos agindo como eternos adolescentes, no que eles têm de pior. Não conseguimos aprender sem querer experimentar, por teimosia, aquilo que evidentemente não funcionou outrora ou que teria mínimas chances de dar certo em qualquer tempo. Assim, que professores estamos sendo?
E, por último, que dignidade podemos estar tendo quando nos calamos, condescendentes, com o que está nitidamente errado? Com tais características, o quê podemos ensinar para as crianças, além do: “faças o que digo, mas não o que faço”?
Triste isso tudo, não é?
O quê mais nos atormenta? De quem temos tanto medo?
Fantasmas...
Falta de AÇÃO!
O problema pode ser fundamentalmente interno, a cada um de nós. Não nos damos muito bem conosco mesmos e nos assustamos com isso. Talvez, resolver a questão seja mudar, avançar para uma nova ordem mundial, compartilhando dos pensamentos universais de Cícero. Reformular e acabar com alguns males, pela raiz e com os momentos difíceis de qualquer República ou de qualquer regime político, considerando política como um processo inteiro e de responsabilidade única, com direitos e obrigações claros. Onde todos exerçam de fato a cidadania, que é pessoal e intransferível.
Isto pode ser o começo do que tem que ser dito... E feito!
Experimente, volte a sorrir com as perspectivas de reconstrução permanente... Verdadeiras!
Caio Eduardo Ferreira do Amaral
Pós-graduado em Human-Settlements pela Sophia University of Tokyo.
Mestre em Comunicações & Artes pela ECA-USP.
Consultor de Comportamento Social.
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Grato
ResponderExcluirProf. Caio Amaral
Uma honra!
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