sexta-feira, 4 de maio de 2007

Obs: reposição hormonal e câncer de ovário

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u16319.shtml
19/04/2007 - 04h57
Estudo relaciona reposição hormonal e câncer de ovário
da Efe, em Londres

As mulheres submetidas a tratamento de reposição hormonal têm 20% a mais de probabilidades de desenvolver câncer de ovário, segundo um estudo publicado no site da revista médica britânica "The Lancet".

O "Estudo de um milhão de mulheres", elaborado por Valerie Beral e um grupo de colegas da Unidade de Epidemiologia de pesquisa do câncer da Universidade de Oxford é, até o momento, o maior levantamento de possíveis vínculos entre a doença e a reposição hormonal.

Em resultados prévios do mesmo estudo já havia sido detectada uma conexão entre o tratamento e o aumento no risco de câncer de mama ou de útero.

Os especialistas informam agora que o risco de uma mulher de sofrer câncer de ovário volta ao normal quando ela abandona o tratamento de reposição.

Beral e seus colegas observaram que o emprego de hormônios em pacientes entre 1991 e 2005 no Reino Unido levou a 1.300 mulheres diagnosticadas com o tumor. Do total, mil morreram por causa da doença, que é o quarto tipo de câncer mais comum entre as britânicas.

Os pesquisadores avaliaram dados extraídos de 948.576 mulheres que já tinham passado da menopausa, não apresentavam câncer nem tinham extirpado os ovários. Do total, 30 % recebiam reposição hormonal e 20% tinham se submetido ao tratamento anteriormente.

Após sete anos, 2.273 desenvolveram câncer de ovário e 1.591 morreram da doença. As que fizeram reposição hormonal registraram 20% a mais de probabilidades de desenvolver tumores do que aquelas que nunca tinham se submetido ao tratamento.

Beral afirmou que "o efeito da reposição no câncer de ovário não deveria ser analisado de forma isolada, especialmente porque o seu uso também afeta o risco de câncer de mama e de endométrio".

"A incidência total dos três tipos de câncer na população do estudo é 63% mais alto entre usuárias de reposição hormonal", segundo a cientista.



Leia Também:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u15264.shtml

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u52591.shtml

10 comentários:

  1. é importante a informação adequada, tanto via mídias quanto ao profissional
    de confiança para acompanhar cada caso.

    Abraços e saúde!

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  2. Pesquisa: Pesquisas Realizadas e em Andamento



    19.04.07 - 12h58min
    'Reposição hormonal aumenta risco de câncer de ovário'

    BBC Brasil

    Na semana passada, o médico paulista Julio Cesar Voltarelli, 58, recebeu cerca de 200 e-mails por dia de pessoas que buscam a "cura" para o diabetes tipo 1.



    Esse tipo de tratamento repõe alguns dos hormônios perdidos durante a menopausa para aliviar sintomas como a perda de cálcio, risco maior de doenças cardiovasculares, perda de apetite sexual e depressão.

    O Million Women Study (Estudo de um Milhão de Mulheres) analisou 948.576 mulheres na pós-menopausa e sugere que o risco de desenvolver e morrer de câncer no ovário é 20% maior para quem faz a terapia.

    A reposição hormonal também aumenta o risco de câncer de mama e no útero. Resultados anteriores do Million Women Study de 2003 já tinham mostrado que o uso da terapia de reposição hormonal combinada dobra o risco de câncer de mama.

    Recomendações

    As descobertas fizeram com que médicos recomendassem que as mulheres considerem os riscos antes de começarem a fazer a TRH e tomem a menor dose possível no espaço mais curto de tempo.

    O aumento nos riscos de câncer de ovário é o mesmo para todos os tipos de terapia, mas volta a cair alguns anos após o fim do tratamento.

    “Os resultados desse estudo são preocupantes porque mostram que a TRH não apenas aumenta o risco de desenvolver câncer no ovário, mas também de morrer da doença”, disse a coordenadora da pesquisa, Valerie Beral, diretora da Unidade de Epidemiologia da ONG Cancer Research UK.

    Para o diretor médico da organização, John Toy, “considerando esse fator ao lado do aumento no risco de câncer de mama e endometrial, as mulheres deveriam pensar com cuidado sobre se devem fazer TRH”.

    “E as mulheres que decidem fazer TRH deveriam fazer isso por razões médicas claras e pelo menor tempo possível”, disse.

    Equilíbrio

    Segundo os pesquisadores, os cânceres de ovário, mama e útero representam 40% de todos os cânceres diagnosticados em mulheres britânicas, e essa incidência é 63% maior nas que fazem terapia de reposição hormonal.

    “Minha visão geral é de que pacientes com sintomas da menopausa devem ser tratadas, mas é sempre um equilíbrio entre os riscos e os benefícios”, disse Stephen Franks, professor de Endocrinologia Reprodutiva do Imperial College London.

    Segundo ele, não é recomendável tomar nenhum remédio por um tempo maior do que o necessário. O estudo foi publicado na revista médica Lancet.


    http://www.hub.unb.br/pesquisa/reposicao_190407.htm

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  3. http://www.sogirgs.org.br/Boletim/prevencao_ovario.htm

    Prevenção e Rastreamento do Câncer de Ovário
    Gustavo Py Gomes da Silveira
    Professor Titular de Ginecologia da Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre

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  4. O consumo de leite e lactose e o risco de câncer de ovário


    O consumo elevado de produtos lácteos e da lactose do leite tem sugerido aumentar o risco de câncer de ovário, mas os dados são escassos. O estudo examinou a associação entre o consumo de produtos lácteos e lactose e o risco de câncer de ovário epitelial e seus subtipos. Foi realizado um estudo coorte em 61084 mulheres entre 38-76 anos que foram inscritas no Coorte de Mamografia Suíço. A dieta foi avaliada entre 1987-1990 com o uso de um questionário de freqüência alimentar. Durante um acompanhamento por 13.5 anos, 266 mulheres foram diagnosticadas com câncer de ovário epitelial invasivo; 125 destas mulheres tiveram câncer de ovário seroso. As mulheres que consumiram 4 porções de produtos lácteos por dia tiveram risco de câncer de ovário seroso (razão: 2.0; 95% CI: 1.1, 3.7; P = 0.06) duas vezes mais do que as mulheres que consumiram <2 porções/dia. Não houve associação significativa para outros subtipos de câncer de ovário. O leite foi o produto lácteo com associação positiva mais forte com o câncer de ovário seroso (razão comparando o consumo de 2 copos de leite/dia com o consumo raro de leite: 2.0; 95% CI: 1.1, 3.7; P = 0.04). Foi observada uma positiva associação entre o consumo de lactose e o risco de câncer de ovário seroso (P = 0.006). Estes dados indicam que o alto consumo de lactose e produtos lácteos, particularmente o leite, estão associados com um risco elevado de câncer de ovário seroso, mas não de outros subtipos de câncer de ovário. Estudos futuros devem considerar os subtipos de câncer de ovários separadamente.



    Referência Bibliográfica:

    LARSSON, SC. BERGKVIST, L. WOLK, A. Milk and lactose intakes and ovarian cancer risk in the Swedish Mammography Cohort. Am J Clin Nutr, 80(5):1353-1357, 2004.
    http://www.vponline.com.br/noticia_texto.php?publicacao_codigo=732

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